O Templum Domini está exaustivamente descrito em 1 Reis, 6:1-38 e 2 Crônicas, 3:3-17, e 4:1-22, porém as duas colunas que guarneciam sua entrada (e que revelam a influência da arquitetura fenícia) merecem destaque: eram de bronze; foram fundidas por Hiran Abiff; mediam cada uma 8,0m de altura e 1,6m de diâmetro; e eram enfeitadas, no alto, com desenho de correntes entrelaçadas, e duas carreiras de romãs também feitas de bronze. A coluna à direita da entrada do Templo era chamada de JAQUIM, e a que ficava à esquerda, BOAZ.
A ‘Tradução para a Linguagem de Hoje’ da Bíblia Sagrada explica que JAQUIM “em hebraico soa parecido com a palavra ‘ele [Deus] estabelece’“, enquanto que BOAZ significaria “‘pela sua [de Deus] força’“, versão corroborada por HORNE , fundado na Enciclopédia Judaica, dentre as tantas interpretações maçônicas que cita em seu completíssimo livro. “Ele firmará... pela sua força”, dizia as colunas, o que cumpriria a promessa de Deus “ele [Salomão] construirá uma casa ao meu nome e eu firmarei eternamente o seu reino” (2 Samuel, 7:13).
O Templo foi construído nos moldes do projeto do Tabernáculo, entregue pelo próprio Deus a Moisés, donde especula-se tinha sua entrada voltada para o Oeste (Ocidente), enquanto o Sanctum Sactorum (“Santo dos Santos”, ou “Santíssimo Lugar”), onde era guardada a Arca da Aliança protegida por uma cortina, ficava na parte Leste (Oriente). A orientação Leste-Oeste do Templo é explícita em 1 Crônicas, 26:17-18: “cada dia havia seis guardas no leste, quatro no norte e quatro no sul. Quatro guardas ficavam nos depósitos: dois em cada um. No pátio oeste ficavam quatro guardas perto da estrada (…)”, uma vez entendendo que os depósitos ficavam nas laterais do Templo, e a entrada dava, provavelmente para a estrada. Respeitante ao Tabernáculo, Êxodo, 27:12-13 dá certeza quanto à orientação Leste-Oeste, contudo restam dúvidas quanto “o lado de trás da Tenda, o lado oeste” (Êxodo, 26:22), se era o lado da entrada ou do Santíssimo Lugar.
O que diferenciava as duas ‘Casas de Deus’ – a provisória e a definitiva – é que o Templo de Jerusalém foi construído por materiais mais duráveis (e luxuosos) e tinha exatamente o dobro das proporções do Tabernáculo, que era uma tenda onde aquele povo nômade, a caminho da ‘Terra Prometida’, guardava a Arca da Aliança.
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