domingo, 17 de abril de 2011

A MULHER DO MALANDRO

satisfeito, abandonou o leito

_Que foi, cansaste de mim?

parou à porta, voltou-lhe os olhos.

_Arrependeste?

_Escuta, ô peste!

_Me usas, covarde!

cerrou os punhos.

_Vai-te, vai-te...

_Sim, vou-me indo...

_Mas não pense... se é que...

!

_Covarde! É o que és.

ela ficou roxa

_Filho de uma...

ele saiu, nem ouviu


pulou o gato


freou o carro


gemeu a cama


bateu a porta

ouviu-se os passos

_Voltaste? Seu traste!

_Cala-te!

_Vem, então, se és...

e foi indo c’o dia saindo


e deixando, a mulher do malandro...

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